O estado de greve é uma forma dos sindicatos avisarem aos governantes que, a qualquer momento, os profissionais poderão decretar a greve oficialmente.
As 728 escolas estaduais de Mato Grosso retomam as atividades, na modalidade híbrida, nesta terça-feira (03). Para o Sintep, a medida coloca em risco a vida dos profissionais da Educação, dos alunos e dos familiares destes, por conta da pandemia do coronavírus. O presidente da entidadde, Valdeir Pereira, lembra que a vacinação dos profissionais ainda não foi concluída e a taxa de imunização no estado ainda é considerada baixa.
“Essa decisão [retorno às aulas] é uma decisão equivocada, que cabe refutar. Haverá, por parte da categoria, a denúncia das condições precárias das nossas escolas. Os pais estarão correndo risco desnecessário, porque o governo, negligente, demonstra que não está preocupado com a vida”, disse o sindicalista.
Também nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), sob Alan Porto. realizou um evento em Várzea Grande. Na oportunidade, o secretário garantiu que a decisão é segura.
“Neste 1 ano e 4 meses com os alunos longe das salas de aulas, os professores se desdobraram para desenvolver as atividades. Mas a ciência já demonstrou que o ambiente escolar é seguro e nossas escolas estão preparadas. Vamos iniciar o processo de recuperação da aprendizagem”, destacou o secretário de Educação, Alan Porto.
Apartir de quarta-feira (04), os alunos começam a voltar para as escolas, em sistema de revezamento que segue planejamento de cada unidade escolar. É o momento de conhecerem a escola, a nova rotina, como vão funcionar os protocolos de biossegurança que garantem o retorno seguro.
Alan Porto também reforçou que a Seduc, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, vai monitorar diariamente o retorno na modalidade híbrida para que a segurança dos profissionais e estudantes esteja garantida.
“Foram meses de planejamento. O Governo do Estado investiu mais de R$ 170 milhões para este retorno. Seguindo todos os protocolos e planos de contingência já definidos, vamos fazer o retorno seguro. Precisamos que nossos estudantes estejam dentro da escola ou corremos o risco de condenar uma futura geração. O compromisso do Estado e dos profissionais da educação é com mais de 393 mil estudantes. Vamos juntos fazer o que mais entendemos, fazer educação”.